20 de junho de 2009

Entre iguais, tudo é igual. A vida ganha movimento é na diferença....

... se você é rato de biblioteca, iria se divertir ouvindo as histórias contadas por um alpinista experiente. Se você tem muita grana, ficaria surpreso em saber como dá duro o cara que trabalha de dia para poder estudar à noite e o quanto ele precisa economizar para tomar dois chopes no sábado. Se você curte música, seria bacana conversar com quem curte teatro. Se você é derrotista, seria uma boa bater um papo com quem já sofreu de verdade. Você, que se acha uma velha aos 27 anos, iria se divertir muito com os relatos de uma cinqüentona irada. E você, beirando os 60, se surpreenderia com a maturidade de um garoto de 18. Para os de meia-idade, nada melhor do que ter amigos nos dois extremos: da garotada que lhe arrasta para dançar até aqueles que estão numa marcha mais lenta, que já viveram de tudo e de tudo podem falar. A cabeça da gente comporta rafting e música lírica, videoclipes e dança flamenca, ficar com alguém por uma noite e ficar para sempre. É importante cultivar afinidades, mas as desafinações ensinam bastante. No mínimo, nos fazem dar boas risadas.




Texto MARTHA MEDEIROS

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