Caetano é político, social, humanista, hedonista, romântico e afinado. É bonito ainda por cima. Duas horas de Caetano e a gente tem o Haiti, o Hawai e o aqui dentro, lugar onde todos os desejos e incertezas. Caetano é tupi, guarani, inglês e português. Baiano e americano, guitarra e candomblé.
O que mais me atraia numa pessoa, qualquer pessoa, é sua capacidade de fugir dos esteriótipos, ser dez em uma, revolucionéria e católica, feia e sexy, alienada e esperta, surfista e filósofa. Pessoa coerentes e previsíveis provocam uma admiração relativa e muito sono: gosto das que nos surpreende e deslumbram, e quanto mais diferentes delas mesmas. No final das contas, só a estranheza é que nos encanta, a multiplicidade, o mundo todo que cabe numa unica vida.
Caetano é um planeta. Terra, Água, Fogo e Ar. Não se trata de tietagem ou subordinação: é justiça.
Não é um homem comercial, mas é popular, não é um homem fácil, mas tampouco complicado. É um homem que rima, que canta o lado inevitável do amor, que tranforma latim em pó e que nos provoca um "tapinha não dói" só pra ver se a gente ainda cai nessa cilada, e a gente cai. Caetano pode. Seu brilho e nergia vêm de gerador próprio.
Esta crônica é mais um aperto de mão, sem histerismo, um cumprimento adulto e honesto, para um artista que não é qualquer um, nem qualquer Caetano.
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Essa crônica é tudo o que eu penso e sinto por Caetano, mas só Martha Medeiros teve a felicidade de traduzir no livro NON-STOP.
"Ò doce irmã,o que você quer mais? Eu já arranhei minha garganta toda atrás de alguma paz..." Salve,salve Caetano! Adoro!
ResponderExcluir"Deixa eu dançar pro meu corpo ficar ODARA"...Salve Caetano!!! Tbm adorooooo keith!!
ResponderExcluirCadê os posts novos, vai ficar morcegando msm é!? hahahahha... Que moleza! "Salve, Caetano!" rs
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